Existe uma forma certa de aprender?
Estudo feito por uma Universidade dos Estados Unidos aponta que há baixo aproveitamento do estudo que é feito com base no bom e velho costume de grifar o texto e fazer anotações. Foram avaliadas por tal estudo dez práticas: o teste prático (propor a realização após prática), prática distribuída de estudo (estudar um pouco por dia), técnica de perguntas elaboradas, autoexplicação, cronograma de estudo, resumo, grifar o texto, criação de palavras-chave, associação entre imagens e conceitos e releitura.
Destes, os “vilões” do aproveitamento do estudo foram a criação de palavras-chave, uso de imagens e releitura. Grifar o texto vem em seguida, como atividade de baixo aproveitamento.
Ora, pensando como indivíduo, já é um pouco chocante pensar que existe interesse em descobrir uma forma melhor de apender do que outra. Digo chocante, pois essa ideia pressupõe uma outra: a de que todos teriam, de alguma forma, capacidades semelhantes de aprendizado, o que não é verdade. O próprio estudo levou em consideração tantas variáveis (o tipo de atividade, características dos alunos, materiais e condições do ambiente, por exemplo) que fica contraditório haver um resultado final sendo que varia de acordo com a atividade, perfil do aluno e tópico de estudo. Basicamente, o que se afirma é que, dependendo da pessoa, do que ela estuda e de qual é a finalidade daquele estudo, o método fará diferença no resultado – o que, convenhamos, não é exatamente a invenção da roda.
O que defendo aqui é que cada um encontre as sua própria maneira de aprender. A minha, por exemplo, é grifando e associando aquele trecho ou frase a uma expressão ou palavra-chave, ligando os conceitos entre si ou retomando algo dito anteriormente. Também sei que não funciono fazendo listas de exercícios. No entanto, a descoberta da forma ideal de aprendizado é um processo de erro e acerto, até achar aquilo que funciona e o caminho que te faz aprender.
Em outras palavras: não vá jogar o grifa texto fora. A única pessoa que pode decidir o valor que ele tem para o seu próprio aprendizado é você.
Segundo a pesquisa, a eficiência de cada técnica:
Interrogação elaborativa – ser capaz de explicar um ponto ou um fato – MODERADO
Auto-explicação – como um problema foi resolvido – MODERADO
Resumos – escrever resumos de textos – BAIXO
Marcar ou sublinhar trechos – BAIXO
Mnemônocos – escolher uma palavra para associar à informação – BAIXO
Criação de imagens – formar imagens mentais ao ler ou escutar – BAIXO
Releitura – BAIXO
Teste prático – Auto-teste para checar o conhecimento – principalmente com o auxílio de cartões de memória – ALTO
Prática distribuída – espalhar o estudo em um longo período de tempo – ALTO
Prática intercalada – alternar entre diferentes tipos de problemas – MODERADO
[retirado BBC]
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